Arena MRV: Procuradoria do STJD pede interdição após violência na final da Copa do Brasil

Arena MRV sob investigação: Procuradoria do STJD pede interdição após atos de violência na final da Copa do Brasil

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) apresentou uma denúncia contra o Atlético-MG, motivada pelos atos de violência ocorridos durante a final da Copa do Brasil, vencida pelo Flamengo no último domingo. O clube mineiro foi acusado de infringir dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e pode ser punido com a perda do mando de campo em até dez partidas.

A Procuradoria, em medida cautelar, solicitou a interdição da Arena MRV até que o julgamento da denúncia seja realizado. O Atlético-MG, caso a medida seja acatada, teria que mandar seus jogos em outro estádio, sem a presença de público.

O árbitro Raphael Claus, em seu relatório, detalhou os incidentes que marcaram a partida. O relato do árbitro é crucial para o processo, já que descreve as ações dos torcedores do Atlético-MG, que culminaram em um clima de tensão e insegurança.

Atos de violência na Arena MRV: Torcedores do Atlético-MG em confronto com a polícia e objetos arremessados

A partida, vencida pelo Flamengo por 1 a 0, foi marcada por uma série de atos de violência por parte dos torcedores do Atlético-MG. O arremesso de bombas e outros objetos para o campo, além das tentativas de invasão, transformaram o estádio em um ambiente hostil.

A denúncia do STJD, com 17 páginas e imagens que ilustram a selvageria, detalha o arremesso de quatro bombas durante a partida, uma das quais atingiu o fotógrafo Nuremberg Maria José, que teve que passar por cirurgia após sofrer um ferimento no pé.

O documento também cita o uso de lasers apontados para os olhos do goleiro Rossi, do Flamengo, como um "fato que corrobora a incapacidade da organização em garantir a segurança da partida".

Tentativas de invasão e a insegurança na Arena MRV

A denúncia também descreve a tentativa de invasão de um torcedor logo após o gol do Flamengo. No final da partida, um grupo maior de torcedores do Atlético-MG tentou invadir o gramado, intensificando a atmosfera de caos e violência.

"Achei que tinha estourado meu pé"

A Procuradoria do STJD, em seu pedido de interdição da Arena MRV, argumenta que as falhas do clube em conter os atos de violência demonstram um risco concreto à segurança do estádio.

Para garantir a segurança do estádio, a Procuradoria do STJD solicita medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinárias. Essas medidas visam a prevenção e o controle eficaz de atos de violência, garantindo um ambiente seguro para jogadores, árbitros, funcionários e torcedores.

O julgamento da denúncia ainda não tem data marcada. A decisão do STJD impactará diretamente o futuro do Atlético-MG, que pode perder o mando de campo e enfrentar outras penalidades. A interdição da Arena MRV, caso seja aplicada, reforçará a necessidade de medidas urgentes para garantir a segurança em eventos esportivos no país.