Atlético-MG: Estratégia Arriscada e Consequências Amargas na Temporada

Fim de Sonho e Reflexões Amargas: O Atlético-MG Pós-Libertadores

Após a dolorosa derrota na final da Conmebol Libertadores para o Botafogo, por 3 a 1, o Atlético-MG se vê diante de um cenário complexo e desafiador. O jogo, que começou com a promessa de um título inédito após a expulsão de Gregore, do Botafogo, logo aos 29 segundos, transformou-se em um pesadelo para o Galo. O vice-campeonato expõe as fragilidades de uma estratégia que priorizou as copas em detrimento do Campeonato Brasileiro, deixando o clube sem a vaga para a Libertadores de 2025.

O revés não apenas frustra a torcida, mas também levanta questionamentos sobre o planejamento e as decisões tomadas ao longo da temporada. A equipe, que não vence há 11 jogos, agora precisa lidar com as consequências de suas escolhas e buscar um novo caminho para o futuro.

Foto: (Alexandre Loureiro/AGIF)

O Jogo que Escapou Pelas Mãos: Análise Tática e Desempenho

Milito apostou na escalação que havia dado certo durante a Libertadores: Everson, Lyanco, Battaglia, Alonso, Arana, Alan Franco, Fausto Vera, Scarpa, Deyverson, Paulinho e Hulk. Com um jogador a mais, o Atlético-MG dominou a posse de bola, mas encontrou dificuldades em transformar esse domínio em chances claras de gol. O time, acostumado a uma postura mais reativa, pareceu desconfortável com a necessidade de propor o jogo.

As melhores oportunidades do Galo no primeiro tempo foram uma cabeçada de Hulk e uma finalização de Deyverson dentro da área, ambas sem sucesso. Enquanto isso, o Botafogo, mesmo com um a menos, se organizou e mostrou eficiência. Aos 34 minutos, Luís Henrique abriu o placar, aproveitando uma falha de Lyanco na marcação. O gol desestabilizou o Atlético-MG, que passou a cometer erros e acumular cartões amarelos.

O segundo gol do Botafogo, aos 42 minutos, veio após uma indecisão entre Arana e Everson , resultando em um pênalti convertido por Alex Telles. No intervalo, a sensação era de que o Botafogo, mesmo com um jogador a menos, controlava a partida.

Mudanças e Reação Tardia: O Atlético-MG no Segundo Tempo

Na tentativa de mudar o panorama da partida, Milito promoveu três substituições no intervalo, com as entradas de Bernard, Mariano e Vargas nos lugares de Fausto Vera, Lyanco e Scarpa, respectivamente. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Vargas diminuiu o placar de cabeça, reacendendo a esperança da torcida.

O Atlético-MG melhorou com as mudanças, especialmente com a entrada de Mariano , que deu mais suporte à marcação pelo lado direito e ajudou a conduzir o time ao ataque. No entanto, a equipe continuou a esbarrar na falta de criatividade e repertório. Um pênalti reclamado por Deyverson não foi marcado, e o goleiro Jhon fez boas defesas em finalizações de Hulk . Vargas ainda desperdiçou uma boa chance, chutando por cima do gol.

Nos acréscimos, o Botafogo sacramentou a vitória com um gol de Junior Santos em um rápido contra-ataque. O gol derrubou os jogadores do Atlético-MG, que tinham consciência de que a derrota era um golpe duro nas pretensões do clube.

Estratégia Questionável e Futuro Incerto: O Que Espera o Atlético-MG?

As derrotas nas finais da Libertadores escancararam a estratégia arriscada adotada pelo Atlético-MG em 2024, que priorizou as copas em detrimento do Brasileirão. A decisão, que visava a conquista de títulos, acabou custando caro, deixando o clube sem a vaga para a Libertadores de 2025.

É importante considerar os desafios enfrentados pelo clube ao longo do ano, como desfalques e lesões, mas a falta de um elenco mais robusto também pesou na campanha. "Agora é juntar os cacos", lamentou Carol, representante da torcida, após o vice na Libertadores.

A temporada de 2025 se aproxima, e o Atlético-MG precisa repensar seu planejamento e traçar novos rumos. Após quatro anos, o clube volta a ficar de fora da Libertadores, o que exigirá uma profunda reflexão sobre as prioridades e os objetivos a serem alcançados.

Milito, após o vice, expressou o sentimento de perda de uma grande chance: ?Escapou oportunidade imemorável de ganhar a Libertadores?.