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Hulk: A trajetória de um gigante do futebol

Por Redação FutGalo em 20/09/2024 12:12

Hulk: A trajetória de um gigante do futebol

Givanildo Vieira de Souza, mais conhecido como Hulk, um nome que ecoa nos estádios do Brasil e do mundo. Nascido em Campina Grande, na Paraíba, aos 12 anos, deixou sua cidade natal em busca de um sonho: se tornar jogador de futebol. Aos 38 anos, o atacante do Atlético-MG celebra 20 anos de carreira profissional, com dezenas de títulos, idolatria conquistada no Brasil, Europa e Ásia, e uma história de superação e afirmação para contar aos seus cinco filhos.

Hulk construiu a maior parte da sua carreira longe do Brasil. Aos 18 anos, embarcou para o Japão, passando por Portugal, Rússia e China. Sua trajetória o consagrou como o único jogador a ter uma estátua no museu do Porto, antes mesmo de pendurar as chuteiras.

Após 16 anos, Hulk retornou ao Brasil em 2021, e em apenas uma temporada, levantou três troféus e ajudou o Atlético a quebrar um jejum de 50 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro. A Massa atleticana o acolheu de braços abertos, elevando-o à prateleira dos maiores ídolos do clube mineiro. Os gritos de "Hulk, Hulk , Hulk ", que ecoam em todos os jogos, se tornaram um hino na história do Galo e na memória afetiva da torcida.

Hulk: A volta ao Brasil, o Galo e a polêmica com a arbitragem

Em entrevista exclusiva ao ge, Hulk revisitou sua trajetória de duas décadas, compartilhando detalhes de sua passagem pela Europa, seus relatos sobre o racismo na Rússia, bastidores da seleção brasileira no fatídico 7x1, sua relação com a arbitragem brasileira e sua identificação com o Galo. Ele também revelou o momento em que cogitou deixar o clube no final de 2023.

"Na verdade, eu pensei sim (em sair do Galo). Trouxe até uma proposta para o Rodrigo (Caetano, diretor de futebol). Ninguém sabe disso, não abri para ninguém. Tinha uma proposta da Arábia, mostrei para o Rodrigo e falei: ?Quero ir embora, estou cansado disso?.

- O Rodrigo veio e aliviou meu coração. Disse: ?a Camila está grávida. Vai nascer sua filha?. Resolvi ficar. É claro que a cabeça quente acabou impulsionando eu falar aquilo. Mas eu tinha proposta sim - concluiu Hulk .

Hulk voltou ao Brasil em 2021 após encerrar seu contrato na China. Apesar de propostas de outros clubes, inclusive da Europa, ele optou pelo Atlético-MG. A família e os filhos tiveram um papel crucial na sua decisão. Nos últimos quatro anos, conquistou sete títulos com a camisa alvinegra, mas também se viu envolvido em polêmicas com a arbitragem brasileira. Hulk se sente desrespeitado.

"Não uso a palavra perseguição. Eu acho que é falta de respeito. Porque a partir do momento que você fala comigo e eu dou as costas, eu faltei com respeito com você", explicou o camisa 7.

- Se eu não posso dar as costas para ele, por que ele pode dar as costas para mim? Acho que é essa comunicação. Na Europa não tem isso. Não tem isso porque o árbitro se impõe. Ele conversa e quando tem que dar cartão, ele aplica o cartão. Mas nunca dá as costas. Nunca presenciei isso em Liga dos Campeões. Aqui não tem.

Hulk: O 7x1, a Copa do Mundo de 2014 e o ?pesadelo? no Mineirão

Hulk fez parte da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Ele esteve em campo no Mineirão no fatídico 7x1 para a Alemanha. O assunto é pouco comentado por todos os envolvidos naquela partida, mas Hulk abriu o jogo ao ge, revelando bastidores do intervalo da partida, quando o Brasil já perdia de 5 a 0.

- Sem dúvidas, foi o pior momento, falando na parte futebolística, falando como profissional, o pior dia. Foi difícil. Eu ficava olhando e pensando: 'Estou tendo algum pesadelo, isso não está acontecendo" - contou o atacante.

"Quando aconteceu dos 5 a 0, no intervalo do jogo, a gente olhava um para o outro, tentando entender o que estava acontecendo. O Felipão até falou: 'Vamos voltar lá, tentar minimizar ao máximo. É o que a gente pode fazer'. No final da partida, todo mundo chorando, ninguém queria pegar o celular".

Hulk: O pai, a família e a inspiração para os filhos

Hulk , além de um gigante no campo, é um pai presente e dedicado. Ele busca ter uma relação próxima com seus filhos, Yan, Thiago, Alice, Zaya e Aisha. Ele os incentiva a serem transparentes e a seguirem seus sonhos, mesmo que estes não estejam ligados ao futebol.

A gente vê o Yan e o Thiago seguindo os passos no futebol. Como é o Hulk pai de jogador?

- Eu tento aconselhar o máximo possível. Porque, às vezes, jogar futebol não é tão difícil. Difícil é você se dedicar ao futebol, se entregar. Depois que você entra em campo, é fácil. Você entra para se divertir, claro que com responsabilidade, com compromisso, mas é o que carrego comigo hoje. Eu entro em campo para me divertir, para colocar em prática tudo aquilo que eu trabalhei durante a semana, e eu falo isso para os meus filhos.

- Quando converso com eles, digo: "A situação de vocês é completamente diferente da do pai. Eu saí de casa com 12 anos de idade, não tinha estrutura, não tinha oportunidade na minha cidade, era difícil, eu tive que fazer São Paulo - Paraíba de ônibus. Enfrentei muitas coisas. Hoje, graças a Deus, vocês têm uma vida um pouco melhor do que a do pai".

- Vocês conseguem ir para o treino de carro. Eu tinha que ir de ônibus, tinha que ir correndo, tinha que ir andando, mas isso não quer dizer que, pelo fato de que outros meninos irem de ônibus ou a pé, que eles vão ter mais vontade que vocês. Independentemente do que você tem ou deixa de ter, a sua vontade tem que estar no interior. Você tem que chegar daqui alguns anos e falar: "Consegui realizar o meu sonho, independentemente do que meus pais me deram ou deixaram de me dar. Eu consegui me tornar profissional, consegui ter uma profissão que eu lutei, isso tem que sair de vocês". Vocês querem ser jogador de futebol? Ótimo, maravilha, eu estou aqui para ajudar, mas eu não posso jogar por vocês. Para isso, vocês têm que entender que precisam ter mais fome que os outros, vocês precisam querer mais, se dedicar mais. Procuro sempre passar isso para eles. Eles escutam bastante, mas a gente sabe que não é fácil. Eu passo para eles que nem sempre vai chegar o que é mais talentoso, mas o que se dedicar mais vai com certeza vai ter mais chance.

Hulk: O início da carreira, o Japão, o Porto e a busca pelo sucesso

O apelido ?Hulk? surgiu na infância, dado por seu pai, que o via imitar o personagem da Marvel, levantando pesos e dizendo: "Pai, eu sou muito forte, eu tenho muita força, eu sou o Hulk ?.

O amor pelo futebol sempre esteve presente na vida de Hulk . A inspiração veio de outros jogadores da sua cidade, como Marcelinho Paraíba, que também trilharam um caminho de sucesso no futebol. Ele se dedicou ao esporte com persistência, treinando em um parque com um amigo, buscando aprimorar seus fundamentos e sonhando em alcançar o topo.

Hulk se tornou profissional aos 16 anos e aos 18 anos, embarcou para o Japão, onde deu início a uma jornada que o levaria para os maiores clubes do mundo. Ele reconhece que a dedicação e o aprendizado foram cruciais para seu crescimento como atleta.

- Eu sempre sonhei em ser jogador de futebol, sempre gostei de bola, desde os três anos de idade. Quando eu vi alguns jogadores saindo da minha cidade, do mesmo bairro que o meu, inclusive o Marcelinho Paraíba. Eu falei: ?Pô, o Marcelinho saiu daqui, do mesmo bairro e chegou na Seleção, fez sucesso na Alemanha e em outros países. Eu posso chegar também.? Eu comecei a buscar esse sonho. Eu lembro que eu tinha um amigo, na época a gente tinha 10/11 anos de idade. Só tínhamos o parque da criança para jogar bola. Ele ficava uns 30 minutos de casa, andando. Não tínhamos com quem treinar, levávamos uma bola, um treinando fundamento com o outro. Treinava físico e falava ?Vamos chegar, vamos lá!?. Quando tive a oportunidade, quando Deus foi me abençoando de chegar um clube, procurei escutar muito os professores. As coisas foram acontecendo. Cheguei no Japão com 18 anos, no profissional. Eu comecei a entender que cada vez que eu me dedicasse mais, eu ia crescer ainda mais como atleta. Foi acontecendo isso, principalmente nos últimos anos. O mínimo que eu posso dar é o meu máximo para que eu possa desfrutar da melhor maneira possível.

Hulk: O racismo na Europa e a superação no Zenit

A experiência de Hulk na Europa foi marcada por momentos de racismo, principalmente na Rússia. As torcidas adversárias o alvo de cânticos racistas, algo que o afligia profundamente. Ele contou como aprendeu a lidar com a situação, transformando os ataques em um momento de superação.

- No início, eu sofri um pouco, tem até um gol que viralizou, acho que contra o Benfica no Estádio da Luz. Eu puxo a bola da direita e faço o gol. Para te falar a verdade, eu nem percebi naquele momento a torcida fazendo esse gesto, mas, onde eu presenciei e sofri um pouco mais, foi na Rússia. As torcidas adversárias ficavam com cânticos racistas, eu sofria bastante. Era uma novidade para mim, eu não sabia como lidar naquele momento. Depois, os jogadores, quando a gente chegava no vestiário, o próprio tradutor, junto com o diretor do clube, tentaram conversar comigo, me aconselhando.

- Chegou em um ponto que eu falava: ?Cara, eu tenho que entender como eu vou lidar com isso para que não me afete dentro de campo?. Na hora que eu fui bater o escanteio, a torcida começou com esse cântico, eu comecei a mandar beijo do nada, a dar risada, foi uma forma que eu me senti bem de fazer. Quando eles vinham com esses atos, eu mandava beijo, dava risada, meio que era um choque para eles. Começavam mais, eu dava risada e mandava beijo. Eles iam parando assim. Eu comecei a me sentir bem quando eu tive essa reação. Não foi fácil, sofri bastante. Infelizmente, a gente presencia isso até hoje. Não deveria acontecer.

Hulk conquistou o seu espaço no Porto, se tornando um dos jogadores mais cobiçados do mundo. Ele recebeu propostas de grandes clubes europeus, como Manchester United e Manchester City, mas o Porto, com uma política de venda de apenas um jogador por temporada, não o liberou. Ele acabou se transferindo para o Zenit, da Rússia, onde também teve um desempenho brilhante, vencendo campeonatos e sendo eleito o melhor jogador.

Hulk: A Seleção Brasileira, o 7x1 e a frustração por oportunidades perdidas

Hulk teve passagens pela Seleção Brasileira, incluindo a Copa do Mundo de 2014. Ele acredita que sua forma física, que era muitas vezes associada apenas à força, o prejudicou em relação a oportunidades na Seleção. Ele também relembrou um momento conturbado em sua carreira, uma suspensão de três meses no Porto, que o impediu de disputar a Copa do Mundo de 2010.

- Você acha que essa relação sobre sua forma física, que foi criada muito, de você ser um jogador só de força, de certa forma atrapalhou também ter mais oportunidades na seleção?

- Sem dúvidas atrapalhou, porque a gente sabe que o microfone tem muito poder. Para você ter ideia, eu estava assistindo algum programa de televisão e o pessoal falando de mim: "Será que está falando de mim? Acho que é outro jogador, essas características e tudo isso". Mas não é nada que me deixava triste, que eu me chateava. Eu falava assim: "Um dia eles vão me conhecer jogando mesmo". Hoje é tudo mais fácil, você vê Campeonato Árabe, Campeonato Chinês. Na minha época, não tinha isso, não tinha esse acesso, esse conhecimento. Quando eu cheguei em 2021 aqui no Brasil, sendo acompanhado de perto, eu via muita gente me pedindo na Seleção, onde me pediram para me tirar, Futebol é momento. Se você está bem, vai ser cobrado para estar lá, agora se você está mal, você vai ser criticado. O futebol é isso. Eu quero que eles me critiquem, mas em cima das minhas características, que, infelizmente, devido a acompanhamento, não tinha isso, não tem o acompanhamento. Você acabava sendo criticado por uma característica que não é sua.

Você sente que merecia mais chances na Seleção Brasileira ao longo da sua carreira? Você sente uma frustação quanto a isso? Principalmente em 2010, com o Dunga.

- Em 2010, eu acho que eu só não fui por uma situação. Na época, a vaga, teoricamente, seria do Adriano. Houve lesão, ele ficou sem jogar e tudo mais, e eu fui convocado para dois amistosos. Joguei, o Dunga me elogiou bastante e falou: "Conto contigo, volta para o Porto, dá o teu melhor. Você vai voltar com a gente, eu conto contigo". Eu voltei muito confiante, estava vivendo um momento muito bom em Portugal na época. Final de 2009, teve o clássico em Luz, contra o Benfica. Perdemos o jogo de 1 a 0. Teve muito tumulto nesse jogo. No término da partida, já estava no vestiário, eu escutei "confusão, confusão".

- Estava eu, Fernando, tinha mais um. A gente saiu correndo para ver o que estava acontecendo e, quando chegou no túnel, o espaço que dava acesso a le, estava aquela confusão, empurra-empurra. Nossos jogadores estavam conversando com o staff de segurança do jogo e estava aquele empurra-empurra e provoca. Não sei quem tentou dar um soco em um dos seguranças e deu de volta, e começou a confusão. Cara, quando acaba a confusão, o Rui Costa, que era o diretor do Benfica na época, veio e me chamou assim, me pegou no meu braço: "Hulk, o que é isso que está acontecendo, para que isso?", "Para que isso, Rui Costa? Vocês que montaram tudo isso. Vocês ganharam o jogo, beleza, agora mandar os seguranças arrumarem confusão com a gente?". Só que depois repercutiu para caramba tudo. Quando entramos no ônibus, suspenso eu e o S?punaru. Estava todo mundo envolvido, suspenso eu e o S?punaru. Ficamos sem entender.

- Tentaram pegar imagem, porque, nesse mesmo ano, teve uma confusão Benfica e Braga, onde eles puniram dois jogadores do Braga, porque foi nítido e a imagem mostrava tudo. Tentaram pegar imagem do túnel, a gente queria que pegassem a imagem, só que a imagem que pegaram era dos seguranças do jogo, eles estavam mexendo nas imagens, direcionando as câmeras para um ponto cego, antes da partida. Onde teve a confusão era um ponto cego, ou seja, foi um negócio muito estranho, mas aconteceu. Me deram uma suspensão de três meses, era pra pegar 23 jogos. Nesse período, era só treinar. Com duas semanas que estava suspenso, tive uma proposta do Milan.

- Conversei com o diretor, "Deixa eu ir pro Milan, me empresta". "Não, não vai. Vamos reverter isso aqui". Falei: "Vai reverter o quê? Eu quero jogar, não está dando mais, estou só treinando". Foi só passando o tempo, não deixavam. O Milan fez uma proposta de empréstimo com opção de compra, o Porto não queria deixar de jeito nenhum. Passou. Por isso que eu falo que eu sou muito grato ao Jesualdo, porque nesse período ele foi fundamental. A gente treinava, acabava o treino e ele me chamava. E eu não podia jogar no final de semana. Ele falava: "Vamos treinar um pouquinho mais". Ficava treinando e ele: Bbola aqui, domina assim, isso e aquilo, vamos, vamos, bota isso para fora". Porque ele sabia que eu precisava botar pra fora. Ele fazia isso comigo para que eu terminasse o treino cansado. Ele foi fundamental. Passou o período, quando o Porto não tinha mais chances de ser campeão, saiu um resultado que era pra eu ter pegado só três jogos de suspensão, eu já tinha pegado 18, eram 23 no total. Em um ano de Copa.

"Na época, talvez, a imaturidade. Poxa, se fosse hoje, é mais fácil falar pela experiência: "Não , eu preciso jogar, tem uma Copa do Mundo. Eu estou nos planos, eu preciso jogar". Aí você compraria a briga e pronto. Naquela época, eu tinha acabado de chegar em Portugal, 22 anos. Então, foi difícil aquele momento. Quando me liberaram para jogar, eu voltei a jogar, não lembro qual mês de 2010. Desde que eu voltei a jogar em 2010, fiquei 2010, 2011, 2012, 2012. Saí para o Zenit, eu não perdi um jogo em campo pelo Campeonato Português com o Porto. Então, o Porto tomou um prejuízo, que até depois entrou contra a Federação, porque a gente não se classificou para a Liga dos Campeões, porque não tinha mais condição. Não tinha mais chance de ser campeão, não tinha mais chance de se classificar. Foi um ano difícil".

Hulk: O Galo, a Arena MRV e o futuro

Hulk chegou ao Atlético-MG em 2021, e desde então, se tornou um dos principais nomes do clube, conquistando a torcida e ajudando a equipe a conquistar títulos importantes. Ele se sente em casa no Galo, onde encontrou um ambiente acolhedor e um clima familiar.

Hulk também falou sobre a Arena MRV, a nova casa do Galo, e sobre a importância dos gramados para o futebol brasileiro. Ele compartilhou sua opinião sobre o gramado sintético, reconhecendo que a tecnologia evoluiu, mas preferindo o gramado natural.

A diretoria do Galo tem a ambição de tornar o Galo uma potência internacional. Você acha que isso é possível? Até pelo conhecimento que você tem fora do país e tudo.

- Acho que sim, sem dúvida. O futebol, hoje, é aberto para o mundo. Não é Europa é Europa, América é América, África é África, Ásia é Ásia, não. O futebol hoje é uma bola que ela vai rodando, todo mundo está vendo. Estamos vendo o que tá acontecendo na Arábia, na China. Tem tudo pra crescer, nossa arena é maravilhosa, o mundo inteiro falou dessa arena. O que faz o clube ser reconhecido mundialmente são títulos, sempre falo aqui. Quantos mais títulos, mais espaço você vai ganhar, não só no Brasil, mas no mundo também.?

Hulk: A arbitragem brasileira, a falta de critérios e a busca por respeito

Hulk , como muitos outros jogadores, critica a arbitragem brasileira, destacando a falta de critérios e a dificuldade de comunicação com os árbitros. Ele lamenta o fato de que, muitas vezes, a comunicação com o árbitro é interpretada como reclamação, mesmo quando ele busca apenas uma conversa respeitosa.

Você entende que o maior problema hoje é a falta de critérios?

- Isso é uma das coisas que a gente acaba se lamentando muito aqui. Existe lance que é marcado de um jeito aqui, e em outro de outro jeito. Você vai cobrar e eles falam: "não sou eu que estava apitando". Mas o curso é o mesmo. Quando existe essa tal de interpretação é complicado. Você não vai saber quando está certo e quando está errado. Teve um jogo que estava assistindo Cruzeiro e Vitória, que o jogador domina a bola com a mão aqui (mostrando o braço), não sei se o VAR chamou ou não o árbitro, e validou o gol. E em outros lances, como foi o nosso contra o CRB, que a bola bate no braço do Vargas, o Cadu faz o gol e eles anulam o gol. Ou seja, é interpretativo. Que interpretação ele usa? Um domina a bola, segue gol. Um domina, outro jogador faz o gol, na regra seguiria, anula, Por isso tem muitas reclamações de jogadores, num jogo usa um critério, no outro jogo, outro. Eu tenho direito de reclamar porque ele usou isso aqui em outro jogo. Aí você vai reclamar com razão e é punido. Como você vai se defender, porque se você usa o critério ninguém fala nada. É o mesmo critério e acabou.

Hulk também falou sobre a importância de estudar e se dedicar para quem sonha em ser jogador de futebol. Ele compartilhou sua experiência e deu conselhos aos jovens que buscam seguir seus sonhos.

Muita gente me pergunta quando me vê na rua, me parabeniza pelo meu desempenho e o que fazer para ser jogador. "Meu filho sonha, meu neto sonha, o que ele tem que fazer?". Eu não tenho a fórmula mágica, mas a primeira coisa que eu falo é estudar. Eu falo sempre para os meus filhos têm que estudar, ser mais inteligente, pensar mais rápido. E dedicação, entender que o demais nunca é demais no futebol, respeito acima de tudo. Treinar, buscar mesmo quando está cansado. Tem que ter aquele um pouco mais que você consegue dar. É isso que eu tento passar para a molecada que sonha. É difícil, mas não é impossível. Dependendo do caminho que você vai trilhando, você pode chegar lá. Dediquem, respeitem os professores e treinadores e. claro, dormir cedo para descansar.

A história de Hulk no futebol ainda está sendo escrita, mas ele já deixou sua marca no esporte, inspirando gerações e conquistando o respeito e a admiração de milhões de fãs. Ele é um gigante do futebol, um exemplo de superação e determinação, com um legado que transcende o esporte e se torna uma fonte de inspiração para todos que buscam realizar seus sonhos.

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